Psicologia
O psicólogo, com seu conhecimento sobre o comportamento humano, é parte essencial da equipe que faz a avaliação e o acompanhamento das crianças e adolescentes com problemas no desenvolvimento.
Esse profissional vai contribuir tanto para o mapeamento da cognição, quanto para as questões emocionais e comportamentais dos pacientes.
Além disso, as famílias serão apoiadas e orientadas sobre as melhores ações para o desenvolvimento de seus filhos, melhorando a qualidade das relações.

Na avaliação e intervenção com pacientes que têm suspeita ou diagnóstico de TEA, a psicóloga é responsável por:
- avaliar o desenvolvimento;
- avaliar a capacidade cognitiva por meio de testes psicológicos e neuropsicológicos;
- avaliar os aspectos emocionais e sociais;
- definir os objetivos de intervenção nas diferentes áreas de desenvolvimento (competências sociais, comunicação, desenvolvimento cognitivo, habilidades motoras);
- atuar no processo de educação parental com o objetivo de deixar a vida com os filhos mais leve, descomplicada e feliz.

Uma das responsabilidades do psicólogo é apoiar a família quando é estabelecido o diagnóstico de TEA. Esse apoio vem para acolher os sentimentos dando suporte emocional, fortalecendo os pais para seguirem nesse novo contexto e direcionando suas atitudes, tornando-os co-terapeutas, ou seja, parte integrante e essencial no tratamento.
Não existe um único tipo de intervenção que seja eficaz em todos os pacientes, ou mesmo que seja capaz de curar o autismo. Há tratamentos diferentes para cada uma das demandas específicas do espectro, de acordo com a idade da criança, grau de déficit cognitivo e de linguagem, comportamento e desafios que apresenta.
As terapias variam desde sessões individuais de psicoterapia até a aplicação de métodos de tratamento específicos como o ABA (Applied Behavior Analysis), o TEACCH (Tratamento e educação para autistas e crianças com déficits relacionados à comunicação) ou o modelo DENVER de intervenção precoce.
A terapia cognitivo-comportamental tem demonstrado ser uma opção completa e efetiva no tratamento das crianças com TEA. Ela se baseia na aquisição, manutenção e reforço de habilidades e comportamentos necessários e desejáveis.
Assim, a criança autista que faz a terapia cognitivo comportamental tem uma ajuda para reconhecer os seus sentimentos e regular suas emoções. Como resultado, temos o controle da ansiedade, redução da impulsividade e melhorias no comportamento social.

E tudo isso aliado à psicoeducação, em que os pais se tornam co-terapeutas, aprendendo sobre o “funcionamento”, o porquê de determinados comportamentos e sendo orientados a como agir para terem respostas cada vez melhores.
Por fim, é importante ressaltar que quanto mais cedo fizermos o diagnóstico, melhor eficácia teremos no tratamento e desenvolvimento das crianças.
Psicólogos do Núcleo

Ivany Antunes
Psicologia